A SOCIOLOGIA RURAL NO BRASIL: ENTRE ESCRAVOS DO PASSADO E PARCEIROS DO FUTURO

26/04/2010 14:21

INTRODUÇÃO

O tema que proponhamos discutir é a diferença de descendência de Senhores e descendência de Escravos, para poder captar os desafios postos pelo momento presente.

Os escravos, apesar de não serem tratados como seres humanos, têm bastante influencia sobre o presente e o futuro, pois mesmo sendo escravizados conseguiram trazer culturas diferentes para a sociedade. Entretanto a escravidão do passado continua presente de várias formas e situações. 

 

REVISÃO TEÓRICA

No sec.xx a base econômica era as plantações de café, algodão e da cana de açúcar que constituíam unidades fundamentais no processo econômico, social, cultural e político, e, no entanto são caracterizadas somente como “comunidades rurais isoladas”. Há uma grande discordância nessa característica, pois a plantation (Plantação) teve uma relação com as cidades, onde ela se interligava para chegar aos portos de exportação.

Como havia uma cultura muito grande sobre estas plantações, os grandes latifundiários criaram um mecanismo de sustentação de preços das lavouras de sustentação.

Com esta sustentação, usineiros ficaram mais poderosos e implantaram por pressão o controle da produção de cana, da área planta, da área cortada e das quantidades comercializadas de cada usina, através do sistema de quotas, da quantidade de açúcar e álcool produzidos por cada usina, e dos preços a serem comercializados, e para diminuir custos dos patrões, os trabalhadores eram recrutados por formas de moradores ou colonos, onde ficava evidente a escravidão.

Com o final da escravatura significou, para os donos de plantação, a perda de capital imobilizado, já que no início do sec.xx a população brasileira concentrava 70% na zona rural, com o desenvolvimento industrial houve uma grande migração desta população da zona rural para zona urbana em busca de melhores condições de vida. Já no final do mesmo século apenas 22% ocupava esse espaço rural.

Veio então à era da dependência pessoal e de subordinação, onde os colonos foram submetidos aos castigos novamente, como dependentes dos patrões.

Esses trabalhadores viam na cidade uma perspectiva de vida melhor que no meio rural, com essa migração, ouve para a indústria uma mão de obra extremamente barata, e as pessoas aceitavam condições penosas, onde dormiam em sede, comiam sobras nas latas e cobriam com qualquer tipo de trapo. Com isso tudo formou também novos pequenos proprietários, pequenos comerciantes e pequenos profissionais como (pedreiros, eletricistas etc), em suas regiões de origem.

Junto com esse crescimento de pequenos profissionais e essa migração, nasceram os direitos trabalhistas. Com os direitos trabalhistas dos camponeses, que se equivalia aos direitos de seus senhores, os camponeses se consolidaram e 1963 fundaram seu sindicato.

Esta instituição do Direito mudou radicalmente a via patrão – empregado, o novo direito tornava perigoso e ameaçava a estratégia dos grandes plantadores, que tinham por finalidade endividar os moradores e colonos. Como os patrões não conseguiam mais isso houve uma mudança de estratégia por parte dos patrões, eles expulsavam seus moradores de suas fazendas e não contratava novos moradores, foi assim que houve um bom senso entre as partes.

A maior parte desses moradores e colonos expulsos foram submetidos a um processo de pobreza, porque se viram sem as suas condições tradicionais de existência e foram forçados a se mudar para a cidade e ter que gastar para ter água, comida e moradia, e consequentemente, invadiam terras para criar moradias precárias, foi a partir daí que surgiram as favelas. Outra situação era que na moradia urbana não tinha como ter criações que antes tinham nos sítios, tais como: criação de cabras, porcos e aves.

Esse deslocamento forçado foi na verdade um processo de perda e de decadência da sociedade em geral. Essa “liberdade” tão desejada entra em contradição, pois “libertados” eles tem que “correr” atrás de sua sustentação, e na condição de trabalhador dos patrões, por mais que sofressem, eles tinham o necessário para o seu sustento.

Com essas necessidades e sem recursos, surgiram nos anos 70, 80 e 90 movimentos apoiados pela Igreja Católica e Políticos. Entre vários movimentos, destacam-se:

- Comunidades Eclesiais de Base (CEB)

- Comissão Pastoral da Terra (CPT)

- Movimento dos Sem Terra (MST)

Esses movimentos eram para combater os despejos de posseiros e pela desapropriação de fazendas.

 

CONCLUSÃO

O mundo rural pesa sobre o presente de uma forma bem mais substancial do que uma simples tradição a ser superada, conhecendo o mundo rural pode-se pensar em novos destinos para a coletividade nacional.

 

Feito por:  

Aline Costa Alves (FACAV) aline.facav@gmail.com

 

Cássia Silva Borges (FACAV) xcassiaxsilva@yahoo.com.br

Charles Franco Amorim (FACAV) charles_f_a@hotmail.com

Leila Oliveira Nunes (FACAV) leila_oliveiranunes@hotmail.com

Leonardo Severino Ribeiro de Queiros (FACAV) leo_rib41@hotmail.com

 

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